quarta-feira, 18 de julho de 2012

-A tal Felicidade



"A felicidade mora dentro da gente. Só que nem sempre temos capacidade de perceber.
A felicidade é sutil. É uma poesia, um pedaço de manga, um gole de vinho, uma música que arrepia. A felicidade é tão simples. Um abraço em quem a gente não vê faz tempo, um carinho de um amigo, um beijo em seu amor. É andar de mãos dadas, encostar a cabeça no ombro do outro no cinema, dormir juntinho. É cheiro de café passado, susto que passa logo, lambida de cachorro no nariz e perfume de flor. A felicidade é serena. Uma ferida que sara, a calça que finalmente entra, a tão desejada voz do outro lado do telefone. Um filho que aprende a dizer mamãe, a receita que dá certo, o olhar que se encontra..."

(Clarissa Corrêa)

-Quer mesmo saber de mim?



"Não me pergunte o que eu faço da vida, isso é banal, é triste, é comum. Queira saber o que me faz feliz, meu ponto fraco pras cócegas. Não pergunte o que me dá dinheiro, porque este é o menor dos meus sucessos. Esqueça meu nome verdadeiro, se eu venho sempre aqui, se estou gostando da música. Agir sem naturalidade é o seu maior fracasso. Se é mesmo importante que eu responda as perguntas que tanto desprezo, se definir o que sou vai te fazer mais feliz, se quer mesmo saber de mim, comece pelas entrelinhas."

(Verônica Heiss)

-Meus Dramas




"Sempre fui muito dramática. Não uma dramática qualquer, mas uma dramática dramática dramática. Acho que desde bem pequena sou muito intensa, por isso esse drama todo. Minha vida sempre foi muito, demais, bastante. Sentimentos não eram pequenos, dores não eram pequenas, nada era pequeno dentro de mim. Meu coração, coitado, sempre sofreu muito. Minha mãe, coitada, sempre me ouviu muito. Minhas emoções são imensas. A gente tem que buscar o equilíbrio. Eu, por ser assim, vivo na corda bamba. Às vezes caio, me ralo, me rasgo, mas sempre me costuro. A gente precisa se costurar e dar um jeito. Esse é meu lema: arrumar as bagunças internas e externas..."

(Clarissa Corrêa)